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Jornal da Mostra / 49ª mostra

49ª edição da Mostra traz apresentações especiais de séries; saiba mais sobre as obras

08/10/2025

Juri da 48ª Mostra

A 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paula também dedica um espaço especial em sua programação para a exibição de séries e minisséries.

A Mostra em Série traz a produção norte-americana “Mr. Scorsese”, de Rebecca Miller, além de três títulos nacionais que fazem suas estreias mundiais no evento: “Choque de Cultura - A Série”, de Fernando Fraiha, “Lona Preta”, de Francisco Garcia e Renato Ciasca, e “Primavera nos Dentes – A História do Secos e Molhados”, de Miguel de Almeida.

Dirigida pela renomada cineasta Rebecca Miller, “Mr. Scorsese” investiga como as experiências intensas e marcantes da vida do cineasta Martin Scorsese moldaram sua visão artística — enquanto cada um de seus filmes surpreendia o mundo com originalidade. A série documental tece o retrato cinematográfico de um homem através de sua obra, explorando as múltiplas facetas de um visionário que redefiniu a linguagem do cinema, incluindo sua carreira extraordinária e sua trajetória pessoal singular. 

Com acesso exclusivo e irrestrito aos arquivos privados de Martin Scorsese, a produção se apoia em longas conversas com o próprio cineasta, além de entrevistas inéditas com amigos, familiares e colaboradores criativos como Robert De Niro, Daniel Day-Lewis, Leonardo DiCaprio, Mick Jagger, Robbie Robertson, Thelma Schoonmaker, Steven Spielberg, Sharon Stone, Jodie Foster, Paul Schrader, Margot Robbie, Cate Blanchett, Jacy Cocks e Rodrigo Prieto, junto de seus filhos, sua esposa Helen Morris e amigos de infância próximos. 

Na Mostra, Rebecca Miller também celebra os 30 anos da sua estreia na direção com a apresentação de “Angela: Nas Asas da Imaginação” (1995). Antes da exibição do longa, ela conversa com os espectadores.

Também documental, “Primavera nos Dentes – A História do Secos & Molhados” mergulha na trajetória apoteótica de um dos grupos mais revolucionários da música brasileira. Formada pelo ator Ney Matogrosso, pelo estudante de arquitetura Gerson Conrad e pelo jornalista português João Ricardo, a banda surge em meio ao período mais sombrio da ditadura militar brasileira — como uma verdadeira sedição cultural e comportamental.

Mais do que retratar a ascensão meteórica do grupo, a série dirigida por Miguel de Almeida contextualiza o momento histórico e cultural, revelando a importância do teatro de vanguarda paulista e carioca na gênese da música popular moderna. Além de imagens de arquivo, trechos de apresentações do grupo, cenas de “O Rei da Vela” e filmes de Rogério Sganzerla, a obra promove o reencontro emocionante de parte dos integrantes, 50 anos após o fim da banda. 

Derivada do programa homônimo de sucesso no YouTube,  “Choque de Cultura - A Série” tem direção de Fernando Fraiha e conta a história da reunião dos maiores nomes do transporte alternativo do país anos depois de terem se separado. 

Agora, Rogerinho é um vidente de programa de auditório, Renan ficou rico depois de um divórcio bem sucedido, Julinho está jurado de morte por um agiota e Maurílio finalmente terminou de escrever o roteiro do seu primeiro filme. Numa multitrama às margens da lei repleta de trapaças e acidentes de trânsito, as quatro histórias colidem em alta velocidade culminando num crime envolvendo um dos maiores galãs do Brasil.

A série também faz parte do Encontro de Ideias Audiovisuais, onde será um dos temas de uma mesa que acontece no dia 23 de outubro, quinta-feira. Saiba mais sobre a programação do evento.

Já na minissérie “Lona Preta”, baseada na obra de José Wagner Garcia e dirigida por  Francisco Garcia e Renato Ciasca, camponeses da cidade de Lágrimas assombram uma rica família produtora de laranja ao acamparem na lavoura após a colheita. Eles reivindicam seus direitos, fruto de um passado de perversidade e grilagem atribuído aos latifundiários.

Na trama, pragas ameaçam a plantação, animais adoecem, o locutor da rádio anuncia chuva forte e o padre prega que novos tempos virão — e desagrada. Vítimas do próprio egoísmo e da covardia, pouco a pouco, as personagens da família protagonista são tomadas por suas neuroses e só um abalo sísmico é capaz de mudar o rumo das coisas.