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Jornal da Mostra / 49ª mostra

Programação da Mostra inclui clássicos restaurados; conheça mais sobre eles

04/10/2025

Juri da 48ª Mostra

A 49ª Mostra dá continuidade ao seu olhar sobre a memória e a preservação do cinema, e em meio a centenas de filmes contemporâneos, também apresenta a oportunidade para ver obras restauradas, títulos raros, novas cópias de clássicos e filmes a serem redescobertos.

Depois de estrear no último Festival de Veneza, a reconstrução de "Queen Kelly" (1929) chega à 49ª Mostra como programa obrigatório. O arquivista Dennis Doros, responsável pela reconstituição, participa de uma mesa sobre o processo do restauro.

Filme mítico e com diferentes versões depois de uma conturbada produção, o título dirigido por Erich Von Stroheim e estrelado por Gloria Swanson, sofreu com os cortes do estúdio e a intervenção da própria Swanson, em um momento de transição para o cinema falado, transformando a obra em um fragmento que entraria para a história de Hollywood.

O arquivista Dennis Doros ressalta que o resultado dessa versão de “Queen Kelly” é uma "reimaginação" da concepção original de Stroheim. A reconstrução se baseia na descoberta de materiais, da recuperação de originais em nitrato e de ferramentas digitais utilizadas em restaurações.

Além dele, o evento exibe uma cópia maior do indiano “Sholay” (1975), de Ramesh Sippy, que completa 50 anos desde a estreia, o português “Aniki-Bóbó” (1942), de Manoel de Oliveira, e o argelino “Crônica dos Anos de Fogo” (1975), de Mohammed Lakhdar-Hamina, que faleceu em maio de 2025 — pelo filme que estreou há cinco décadas, ele foi o primeiro cineasta árabe-africano a receber a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

“Cinema, Aspirinas e Urubus” (2005), de Marcelo Gomes, que comemora os 21 anos da primeira exibição do filme na Mostra, onde recebeu os prêmios do júri, de melhor ator, para João Miguel, e do prêmio da crítica de melhor filme brasileiro, terá a sua versão restaurada exibida.

O cinema brasileiro também está representado com as restaurações de “Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio” (2002), de Rosemberg Cariry, “Tônica Dominante” (2001), de Lina Chamie,” Um Céu de Estrelas” (1995), de Tata Amaral, que completa três décadas,

Além disso, a nova cópia digital de “Garota de Ipanema” (1967), de Leon Hirszman, confeccionada pelo Laboratório de Imagem e Som da Cinemateca Brasileira, também fará parte da programação.