Arquivo / 49ª mostra

1987 revisitado 2008 - É a Revolução Americana. Teve lugar pouco antes da nossa. Sabemos o mal na França. Tudo o que sabemos, é que La Fayette participou. Foi uma revolução contra os ingleses que ocuparam os territórios americanos como uma colônia. E é um cineasta inglês, Hugh Hudson, que nos conta. Sem qualquer concessão por seus compatriotas: eles parecem arrogantes e cruéis, sujeitos à cegueira que muitas vezes atinge aqueles que acreditam nos seus direitos. A partir disso surgiu um filme surpreendente, agitado, como uma inesperada emboscada, quando a morte está ali, perto de onde a câmera que parece perder-se no campo de batalha como um olhar perdido. Jean-Claude Carrière Revolução foi mal interpretado e injustamente tratado em sua primeira exibição 20 anos atrás. Vendo-o novamente na versão do diretor, parece-me ser uma obra-prima – profundo, poético e original. O filme de Hudson deverá ter a sua posição entre os grandes filmes sobre História e sobre cidadãos que vivem tempos de profundas e dramáticas mudanças sociais. Uma esperança que, finalmente, o público assista ao que realmente merece. Philip French