Arquivo / 49ª mostra

 "História sobre a vida e o amor. Embora o amor nem sempre seja espetacular. Em geral, o amor é estilizado nos filmes, mas é preciso apenas uma pequena mudança de ângulo para descobrir todo seu absurdo e sua falta de esperança. É também uma história sobre o sonho de viver, comer e transar sem ter de trabalhar. A ortodoxia social prega que todo mundo tem direito a trabalhar e ter uma vida decente, por isso me diverte muito mostrar um ponto de vista contrário". Essa é a definição do diretor Jang Sun Woo para a relação obsessiva e sádica que se estabelece entre uma garota de 18 anos e um escultor de 38 anos, resultando num filme de erotismo radical. No primeiro encontro, ela entrega sua virgindade a ele. No segundo, o sexo se torna mais intenso. No terceiro, ele traz um chicote - a violência se torna o elemento central de suas transas. Quando seu irmão descobre a verdade sobre o relacionamento, ela decide sair de casa, passando a viver de motel em motel com seu amante. Ela só retorna ao saber da morte do irmão, interrompendo o doentio romance. Mais tarde, porém, ela o procura, pois quer vê-lo uma última vez, antes de se mudar para o Brasil.